quarta-feira, 29 de julho de 2015

♛ Uma Pequena Forma de Amor ♛





♛   Capítulo 10º  ♛



P.O.V


 Só consegui ouvir aquela voz familiar dizendo:

Xx: Bebê? você está grávida?

 Olhei na direção daquela voz e vi Ethan parado em frente a nossa mesa, ele estava com uma expressão muito... Muito ruim. Abri a boca pra tentar falar alguma coisa mas nada saiu realmente, Justin se levantou imediatamente ficando cara a cara com ele e a única coisa que eu vi foi Ethan acertando um soco no rosto do Justin que logo retomou a postura e limpou o sangue no canto da boca.

Justin: Já terminou? Por que eu preciso terminar de conversar com a MINHA namorada.-ele sorriu sínico.
Ethan: Seu desgraçado.-partiu pra cima do Justin de volta.

Agora os dois começaram a se bater e a se empurrar derrubando tudo que viam pela frente de cadeiras a garçons desprevenidos, eu tentei afastar os dois puxando Ethan pela blusa mas não deu certo, então os dois foram com tudo pro chão Justin ficou por cima do Ethan dando socos no rosto dele. Rapidamente tentei puxar ele pelos braços o que infelizmente tirou a atenção dele fazendo Ethan ainda em baixo do Justin acertar uma cotovelada no seu queixo. Justin ficou desnorteado por alguns segundo e Ethan se levantou e quando ele iria partir pra cima do Justin novamente eu me meti do meio dos dois e comecei a gritar:

Eu: CHEGA DROGA!-todos do bar olhavam pra nós três.- VAMOS CONVERSAR CIVILIZADAMENTE COMO ADULTOS CARAMBA. VAMOS PRA FORA AGORA.-puxei os dois pelo colarinho até a frente do bar onde não havia muitas pessoas.

 Os dois ficaram parados olhando pra mim e eu realmente queria socar a cara dos dois aqui mesmo mas violência acaba sempre gerando mais violência então respirei fundo e bufei alto continuando a falar:

Eu: Ok, agora que as crianças já me fizeram passar vergonha, podem falar o que tá pegando aqui.
Ethan: Droga você me abandonou e em 2 meses engravidou desse bostinha. DROGA EU FALEI QUE TE AMAVA.-ele respondeu furioso.
Eu: Você sabe muito bem o que aconteceu Ethan, eu tive todos os motivos do mundo pra ir em bora, você sabe o que disse naquela noite, você sabe o que fez pra mim.-apontei o dedo na cara dele.- Você me destruiu e depois me tratou como se eu fosse lixo.
Ethan: Eu me arrependi, eu te pedi desculpa e você me deu um tapa na cara, eu sei que eu sou errado na maioria das vezes mas eu me arrependo tanto do que eu fiz pra você , eu sei que você não merecia mas... Nesse momento eu acho que algumas coisas que eu disse estavam certas, você está gravida . Gravida!-ele me olhou incrédulo.

 Eu estou confusa, conto ou não conto? encarei Ethan e depois fixei meu olhar no Justin vi a ternura nos seus olhos e sabia que ele me apoiaria em qualquer decisão que eu toma-se, ele fez um movimento de "Vai em frente" com a cabeça e eu voltei a olhar para o Ethan.

Eu: Eu realmente não planejei ter essa criança mas aconteceu. Ethan eu estou de 2 meses e meio.
Ethan: Não...Eu, você, nós usamos eu lembro.-ele estava desnorteado.
Eu: Não, nós não usamos, mas eu não preciso de nada seu, eu não preciso de você, não preciso do seu dinheiro e nem da sua presença. Eu posso criar essa criança sozinha.

 Olhei pro Ethan seus olhos estavam merejados ele estava quase que... indefeso. Por um instante eu senti pena dele por que eu sei como é difícil processar essa informação.

Ethan: Então ele não é o pai do bebê? Eu...Eu sou.-ele pareceu falar mais pra si mesmo do que para mim.
Justin: Então é assim? Você não vai surtar e dizer que o filho não é seu? Não vai ficar bravo e pedir o teste de DNA?-Justin se pronunciou pela primeira vez depois que saímos do bar.
Ethan: Não.-ele baixou o tom de voz quase que sussurrando.- Eu acredito em você e não vou mais pisar na bola. Não vou deixar você sozinha eu quero essa criança nem que eu tenha que entrar na justiça pra isso. Eu não vou deixar esse cara roubar essa criança de mim também.
Eu: Ok, isso foi estranho é melhor nós conversarmos direito depois.
Ethan: Tudo bem, até .

 Ethan pegou um masso de cigarros do bolço ascendeu virou as costas e foi andando pela rua e no meio dela eu não aguentei e gritei pra ele ouvir:

Eu: UM DIA ESSA COISA VAI TE MATAR RICHARDS!-ele continuou andando e fumando.
Ethan: EU JÁ ESTOU MORTO !

Então Ethan desapareceu da minha vista olhei pro lado e Justin me encarava, eu o abracei o mais forte que eu pude. Ele afagou meus cabelos enquanto dizia: "Vai ficar tudo bem". Se eu realmente acredito? Não faço a minima ideia. Me soltei dele e fomos de mãos dadas e em silêncio até o carro.

 No caminho Justin apenas olhava pra frente sem pronunciar nenhuma palavra e isso me deixou inquieta, mas eu tenho que respeitar o espaço dele. Voltei minha memória pra cena no bar quando Justin me chamou de "Namorada". Isso é confuso, nós estamos namorando? Enrolados? Ficando? Se conhecendo?

Eu: O seu silêncio está me matando. Dá de falar alguma coisa?-olhei pela janela a paisagem passando rápido.
Justin: O que você quer que eu diga Flor? Ele é o pai da criança e não eu.-senti a magoa na sua voz.
Eu: Então é isso? Você acha que só por que ele é o pai eu não vou mais gostar de você?-ele ficou em silêncio o que confirmou minha pergunta- Justin por favor não confunda as coisas. Ele é o pai do meu filho e não a pessoa que eu amo. Pelo menos não mais.
Justin: Querendo ou não, agora vocês tem uma ligação, pra sempre.-ele continuou olhando pra estrada.
Eu: Eu não posso descordar de você mas não é por isso que eu vou voltar pra ele. Eu não sinto mais nada pelo Ethan e você tem que entender. Eu amo você Justin Drew Bieber e foi você que esteve comigo quando eu mais precisei então não duvide de mim.
Justin: Eu acredito em você flor.-ele olhou rapidamente pra mim e voltou sua atenção pro transito.

Ficamos novamente em silêncio até Justin parar o carro na frente da minha casa, tirei o sinto de segurança mas permaneci ali e perguntei:

Eu: Vai ficar?- ele balançou a cabeça negativamente.
Justin: Hoje não, eu preciso de um tempo sozinho...Pra pensar, entende?
Eu: Claro. Até então.

 Beijei sua bochecha e desci do carro ficando parada na calçada o vendo partir, enquanto o carro desaparecia no horizonte meu coração apertou com o medo de um dia perde-lo. Virei as costas e entrei em casa que esteva até que arrumada tirando aquele vazo quebrado no chão. Me lembrei de hoje mais cedo, do toque dele, seus beijos e o modo como me olhava, me lembrei também da cama desarrumada, dos nossos corpos suados e quentes. OMG! balancei a cabeça e afastei esses pensamentos antes que eu tenha que tomar uma ducha fria. Fui pro meu quarto e tirei aquele salto enorme e prendi o cabelo.

 Me joguei de cara na cama ainda desarrumada e inspirei aquele cheiro, o cheiro dele ficou emprenhado nos lenções. Me toquei do que eu estava fazendo e levantei igual a uma minhoca da cama, botei um chinelo e fui pra rua respirei fundo o ar puro e me sentei no meu jardim e Karma apareceu ali também. Então fiquei ali sentada na grama com Karma deitando sua cabeça nas minhas pernas, fiquei fazendo carinho atrás da sua orelha.

Eu: É Karma, parece que hoje somos só nós duas.-ela ficou me encarando.- você não vai responder?-silêncio- Eu já esperava por isso.-respondi ainda olhando pra ela.

 Fiquei ali olhando pro céu até ouvir uma movimentação na casa do vizinho que por acaso é bem perto da minha e tem apenas uma cerca baixa nos separando, ergui o pescoço pra dar uma espiada. Eu curiosa? Magina. Olhei direito e era um garoto e uma garota, eles estavam parados na frente do portão, aquela tipica cena do beijo de despedida então a garota chegou mais perto do garoto como se fosse beija-lo e ele rapidamente se adiantou e abraçou ela e depois se afastou. A garota parecia envergonhada então falou alguma coisa acenou, se virou e foi em bora.

 O garoto parecia nervoso ele saiu chutando a lata de lixo e gritando, não palavras, apenas gritando até que percebeu minha presença e parou mutuamente.

Garoto: Desculpe interromper seu momento zen com seu cachorro.-falou sarcástico.
Eu: Desculpa também por interromper seu momento psicótico chutador de latas de lixo.-sorri sarcástica.
Garoto: Ahh, desculpa cara, é que minha noite foi tão legal e no final e estraguei tudo. EU ESPEREI TANTO TEMPO PRA UM ABRAÇO.-ele gesticulou umas coisas sem sentido enquanto falava.
Eu: Ela ia beijar você e você abraçou ela. Isso foi bem idiota.
Garoto: Me diga algo que eu não sei. Eu sou um fracasso com mulheres.-falou ainda do outro lado da cerca.
Eu: Você parecia tão nervoso que eu pensei que você iria vomitar nos pés dela.-eu ri.
Garoto: Provavelmente eu vomitaria, mas ela foi em bora a tempo.

 Ele chegou mais perto da cerca e eu pude vê-lo, cabelos claros olhos escuros, meio baixo, mais ou menos da minha altura e parecia ser novo.

Garoto: Aliás, meu nome é Dylan.
Eu: Sou .-o garoto sorriu.
Dylan: Posso?-apontou pra cerca.
Eu: Fique a vontade.

 Dylan saltou por cima da cerca aterrissando no meu quintal, ele caminhou até perto de mim e se sentou na grama ao meu lado, Karma saiu do meu colo e se aproximou dele que fez carinho na cabeça dela.

Dylan: Seu cachorro é bem dócil né?
Eu: Na verdade é cachorra, ela não é minha e sim ela é bem dócil.-ele riu. 
Dylan: Qual o nome dela?-perguntou ainda acariciando-a.
Eu: Karma.-respondi.
Dylan: Nome estranho, de quem ela é?-ele direcionou seu olhar pra mim.
Eu: De um cara.-suspirei e ele disse:
Dylan: Seu namorado?
Eu: Boa pergunta. Meu namorado? Meu amigo? Meu ficante? Eu nem sei mais.-olhei pro céu.
Dylan: Parece que a sua situação tá meio parecida com a minha.
Eu: Infelizmente sim. Mas e ai? Quem era a garota?
Dylan: Uma garota da minha turma, eu sou afim dela desde a terceira série, o nome dela é Victória.
Eu: Uou, desde a terceira série?-ele assentiu- E por que não a beijou?
Dylan: Eu estava com medo de estragar tudo sabe? Tipo aquela era a unica chance que eu tinha de fazer ela perceber que eu existo.
Eu: Mas ela queria te beijar cara, você deveria ter beijado ela.
Dylan: Perdi a unica chance que eu tinha.-ele abaixou a cabeça.
Eu: Pelo modo que ela reagiu é claro que você tem outra chance. Ela gosta de você.-ele riu.
Dylan: De mim? Claro que não.
Eu: Vocês homens são tão idiotas as vezes, ela que tentou te beijar isso significa que ela QUERIA te beijar o que quer dizer que ela sente algo por você. Então você deveria chamar ela pra sair e dizer que gosta dela.
Dylan: Eu não conseguiria, eu não sou bom com palavras.
Eu: Quer saber um segredo sobre as mulheres?-ele assentiu- Mulheres amam palavras, mas amam ainda mais atitudes, então se você tomar partido e falar o que sente ela vai gostar ainda mais de você.
Dylan: É... Não é uma péssima ideia.
Eu: Claro que não é uma péssima ideia.-o empurrei com o ombro.
Dylan: você tem quantos anos?
Eu: 19 quase 20 e você?
Dylan: Uou, você parece ser bem mais nova que isso.
Eu: Nossa e quanto você pensou que eu tinha?
Dylan: Pensei que tinha mais ou menos a minha idade, uns 16.-deu de ombros.- Acho melhor eu ir.
Eu: É, acho melhor eu entrar também. Foi bom conhecer você Dylan.- sorri e ele disse.
Dylan: Sim... Quer dizer não, não foi bom conhecer você foi ótimo ter te conhecido.

   
 Ele sorriu e se levantou do chão, foi em direção a cerca e pulou de volta pro quintal dele mas ele parou na frente da porta da casa quase entrando e gritou:

Dylan: SÓ PRA DEIXAR CLARO, EU NÃO CURTO MULHERES MAIS VELHAS!-eu ri.
Eu: E EU NÃO CURTO PEDOFILIA.-foi a vez dele rir.
Dylan: BOA NOITE .
Eu: BOA NOITE DYLAN.-ele entrou na casa dele.

 Me levantei da grama limpei meu bumbum e entrei em casa seguida pela Karma, fui até a cozinha e comi uma maça, enchi o pote de ração da Karma e fui pro quarto tirar um cochilo mas andando pelo corredor eu parei em frente aquela porta que eu mantenho sempre trancada. Faz muito tempo que eu não entro ali, algo naquela porta branca lisa e comum me puxava como um imã, é estranho.
 Estendi a mão na frente do corpo e toquei a porta, passei a mão nela como se alguma coisa do outro lado fosse corresponder ao meu toque mas nada aconteceu. Levei a mão até a maçaneta, ela estava fria, minhas mãos começaram a suar e a maçaneta ficou um pouco pegajosa. Eu girei a maçaneta e... NADA ACONTECEU, porque eu esqueci que ela está trancada. Corri até o meu quarto e peguei a chave escondida no meu guarda-roupa e voltei pra porta.

 Coloquei a chave na fechadura e girei, com um pequeno click ela se abriu e eu empurrei de leve, ela rangeu um pouco e quando entrei uma onda de saudade e tristeza me inundou. As paredes ainda estão com um tom pastel sujo horrível que os últimos donos deixaram, mas agora tem um monte de caixas por todo o comodo e em cima delas um espeça camada de poeira.

 Passei os dedos sobre umas das caixas e tirei um pouco da poeira, me sentei no chão com perninha de índio e respirei fundo abrindo a caixa.


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Desculpem a demora pra postar
eu fiquei sem ter por onde escrever e sem tempo também
mas agora eu consegui postar esse, beijão Sweet's 
desculpa de novo :3


4 comentários:

  1. Meu deus amei o capítulo
    você tem que continuar logo mulher ❤

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    1. Vou tentar mas acho que vai demorar um pouquinho, obg pelo comentário Sweet (u3u)

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  2. comecei a ler a dois meses seu blog e estou apaixonaada, continua viu... você é muito boa <3

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    1. Obrigado linda pode deixar que eu vou continuar sim, você acabou de me dar a inspiração que eu precisava então obrigada novamente! (U3U)

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